Prefeitura de Goiânia garante metade do BRT até o final do ano


06/04/2016 - O Popular - GO

Metade de todo o corredor de trânsito rápido de ônibus (BRT, da sigla em inglês para Bus Rapid Transit) fica pronto neste ano. É o que garante o coordenador do BRT Norte-Sul, Ubirajara Abbud. O trecho a ser entregue será a parte Norte, entre a Praça do Trabalhador, no Centro de Goiânia, até o Terminal Recanto do Bosque, no setor de mesmo nome. O cronograma faz parte do último acordo fechado entre a Prefeitura e o Consórcio Norte-Sul, formado pelas empresas EPC e WVG.

A estimativa vale tanto para a parte estrutural como financeira. Conforme publicou O POPULAR em fevereiro, as partes responsáveis pela obra trabalhavam em um novo cronograma para repactuar pagamentos em atraso e novos recursos. A decisão administrativa do prefeito Paulo Garcia (PT) foi de priorizar a maior parte de trecho contínuo, por isso a escolha da parte Norte. Em janeiro próximo, então, será possível que o corredor central já seja utilizado pelos usuários, a depender da aquisição de ônibus para rodar no trecho.

Além de obras na parte Norte, será feito também o Terminal dos Correios, na última parte da Avenida Rio Verde no sentido Aparecida-Goiânia. Já há um acordo para que a Prefeitura da capital ceda um loteamento que possui em Aparecida de Goiânia para os Correios, em troca do terreno pertencente à entidade federal para a realização da obra. Caso a avaliação dos imóveis dê valor diferente, esse recurso será pago pela Prefeitura de Aparecida.

Acordo sobre área

Já para a realização da trincheira entre as avenidas Goiás Norte e Perimetral Norte, o consórcio fará uma rotatória provisória, de maior extensão que a atual, para que os trabalhadores façam a obra no centro. Há acordo para o uso da área, que será desapropriada pela Prefeitura dos quatro proprietários dos locais. Com a construção, o tráfego da Perimetral será por baixo, o da Goiás Norte no mesmo nível atual, em rotatória, e apenas a via do BRT será elevada.

Modelo exigirá novos ônibus

Novos ônibus devem ser adquiridos pelas concessionárias porque há diferenças no modelo de embarque e desembarque, que seriam parecidos com o do Eixo Anhanguera, já que as portas ficam do lado do motoristas e há uma altura maior, de acordo com as plataformas, que são suspensas. Ao todo, o projeto do BRT estima 28 veículos articulados e 65 simples. A quantidade seria menor para operar só na parte Norte.

Mas ainda não se iniciou qualquer negociação com as empresas concessionárias para a compra de novos veículos.